sexta-feira, 25 de maio de 2012

DESCOBERTA/DRAGÕES-História

História Descoberta pela cultura Ocidental Moeda com um dragão-de-komodo, emitida pela Indonésia Os dragões-de-komodo foram documentados pela primeira vez por europeus em 1910, quando rumores de um "crocodilo terrestre" chegaram ao Tenente van Steyn van Hensbroek da administração colonial holandesa.[39] Notoriedade geral chegou depois de 1912, quando Peter Ouwens, o director do Museu Zoológico em Bogor, Java, publicou um artigo científico sobre o tema depois de receber uma foto e uma pele enviada pelo tenente, juntamente com mais dois espécimes de um coleccionador.[1] Mais tarde, o dragão-de-komodo foi o factor principal que levou a uma expedição à Komodo por W. Douglas Burden em 1926. Após regressar com 12 espécimes preservados e dois vivos, esta expedição forneceu a inspiração para o filme de 1933 King Kong.[40] Foi também Burden que usou o nome "dragão-de-komodo" pela primeira vez.[20] Três dos espécimes foram empalhados e estão expostos no American Museum of Natural History.[41] Estudos Os holandeses, apercebendo-se do número limitado de indivíduos presentes na natureza, proibiram a caça desportiva e limitaram grandemente o número de indivíduos que poderia ser levado para estudos científicos. Expedições para colecção pararam com a ocorrência da Segunda Guerra Mundial, e não resumiram até a década de 1950 e 60, quando estudos examinaram o comportamento alimentar, reprodução e temperatura corporal dos dragões-de-komodo. Por volta desta altura, uma expedição foi planeada em que um estudo longo seria feito sobre o dragão-de-komodo. Esta tarefa foi dada à família Auggenberg, que ficou na Ilha Komodo durante 11 meses em 1969. Durante esta estadia, Walter Auffenberg e a sua assistente Putra Sastrawan capturaram e marcaram mais de 50 dragões.[28] A pesquisa feita pela expedição Auffenberg seria muito influente na criação de dragões-de-komodo em cativeiro.[2] Pesquisas posteriores à família Auffenberg esclareceram mais aspectos sobre a natureza do dragão, e biólogos como Claudio Ciofi continua a estudar as criaturas.[42] Preservação O dragão-de-komodo é uma espécie vulnerável e está listada na Lista vermelha da IUCN.[43] Há aproximadamente 4-5 mil dragões-de-komodo na natureza. As suas populações estão restritas às ilhas de Gili Motang (100), Gili Dasami (100), Rinca (1300), Komodo (1700) e Flores (talvez 2000).[2] No entanto, há preocupação que só haja actualmente somente 350 fêmeas reprodutoras.[6] Para responder a esta questão, foi fundado o Parque Nacional de Komodo em 1980 para proteger as populações dos dragões-de-komodo nas ilhas de Komodo, Rinca e Padar.[44] Mais tarde, as reservas de Wae Wuul e Wolo Tado foram abertas em Flores para ajudar à conservação destes animais.[42] Há evidências que os dragões-de-komodo estão a ficar habituados à presença humana, pois turistas costumam dar-lhes carcaças de animais em várias estações de alimentação.[3] O estado de espécie ameaçada destes animais deve-se a actividade vulcânica, terramotos, perda de habitat, incêndios (a população de Padar foi quase destruída por causa de um incêndio florestal, e desde então desapareceu misteriosamente),[12][42] diminuição do número de presas, turismo e caça furtiva. Sob o Apêndice I da CITES (a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção), o comércio de peles ou espécimes é ilegal.[14][45] O biólogo australiano Tim Flannery sugeriu que a introdução de dragões-de-komodo pode beneficiar o ecossistema australiano, pois poderia ocupar o nicho de grande carnívoro deixado livre pela extinção do grande varano Megalania. No entanto, ele aconselha muita cautela e uma introdução gradual em experiências de aclimatização, especialmente porque "o problema da predação de grandes varanídeos sobre humanos não pode ser menosprezado". Ele usa o exemplo da coexistência bem sucedida com o crocodilo-de-água-salgada como prova que os australianos poderiam adaptar-se facilmente.[46] Apesar da raridade dos ataques, os dragões-de-komodo são conhecidos por matar humanos. Em 4 de Junho de 2007, um dragão atacou um rapaz de oito anos na Ilha Komodo. Mais tarde, ele morreu de hemorragias resultantes das suas feridas. Foi o primeiro ataque fatal registado em 33 anos.[47] Os nativos culparam o ataque aos ambientalistas que não vivem na ilha que proibiram os sacrifícios de cabras, o que causou que fosse negado aos dragões-de-komodo a fonte de comida esperada, fazendo com que os animais vagueassem para dentro de territórios humanos à procura de comida. Para os nativos da Ilha Komodo, estes animais são a reencarnação dos seus antepassados, e são por isso tratados com reverência.[48] Em cativeiro dragão-de-komodo no Smithsonian National Zoological Park. Apesar de apresentar ouvidos vísiveis, os dragões não ouvem muito bem. Desde há muito tempo, os dragões-de-komodo são grandes atracções em zoológicos, pois o seu tamanho e reputação fazem com que sejam uma exibição popular. São, no entanto, raros em zoológicos devido à susceptibilidade a infecções e doenças causadas por parasitas se capturados da natureza e não se reproduzem prontamente.[6] O primeiro dragão-de-komodo foi exibido em 1934 no Smithsonian National Zoological Park, mas só viveu dois anos. Mais tentativas de exibir dragões-de-komodo foram feitas, mas o tempo de vida destas criaturas era muito curta, numa média de cinco anos no National Zoological Park. Estudos feitos por Walter Auffenberg, que estão documentados no seu livro The Behavioral Ecology of the Komodo Monitor, eventualmente permitiu uma gestão e reprodução mais eficiente dos dragões em cativeiro.[2] Tem sido observado em dragões em cativeiro que muitos indivíduos demonstram comportamento relativamente manso durante um período de tempo em cativeiro pequeno. Várias ocorrências são relatadas onde tratadores levaram os animais fora dos seus cercados para interagir com visitantes ao zoológico, incluindo crianças pequenas, sem efeitos nocivos.[49][50] Dragões também são capazes de reagir de maneira diferente quando apresentados ao seu tratador normal, um tratador menos familiar ou um tratador completamente estranho.[51] Pesquisa com dragões em cativeiro tem também fornecido evidências que eles jogam. Um estudo incidiu sobre um indivíduo que empurrava uma pá deixada pelo seu tratador, aparentemente atraído pelo som da pá a raspar pela superfície rochosa. Uma fêmea jovem no National Zoo em Washington, DC agarrava e abanava vários objectos incluindo estátuas, latas de bebidas, sapatos e outros objectos. Ela não confundia estes objectos com comida, pois só os engolia se estivessem cobertos em sangue de rato. Estes jogos sociais levaram à comparação com jogos efectuados por mamíferos.[5] dragões-de-komodo no Zoológico de Toronto. Em cativeiro, estes animais ficam muitas vezes gordos, especialmente nas suas caudas, devida à alimentação regular. Outro caso de jogos documentados em dragões-de-komodo vem da Universidade do Tennessee, onde uma jovem dragão-de-komodo de nome "Kraken" interagiu com anéis de plástico, um sapato, um balde, e uma lata de alumínio com o seu focinho, acertando neles e carregando-os de um lado para o outro na sua boca. Ela tratou-os a todos de maneira diferente do que à sua comida, o que levou o investigador Gordon Burghardt a concluir que este comportamento não era relacionado com a alimentação. A Kraken for a primeira dragão-de-komodo que eclodiu em cativeiro fora da Indonésia, nascida no National Zoo em 13 de Setembro de 1992[52].[7] Mesmo dragões aparentemente dóceis podem tornar-se agresivos imprevisivelmente, especialmente quando o seu território é invadido por alguém pouco familiar. Em Junho de 2001, um dragão-de-komodo feriu Phil Bronstein (editor executivo do San Francisco Chronicle) gravemente quando ele entrou no seu cercado no Zoológico de Los Angeles depois de ter sido convidado pelo tratador. Bronstein foi mordido no seu pé que estava descalço, pois o tratador tinha-lhe dito para tirar os seus sapatos brancos, pois estes poderiam excitar o dragão.[53][54] Apesar de ter escapado com vida, precisou que vários tendões do seu pé fossem re-ligados cirugicamente.[55]

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